sexta-feira, 7 de fevereiro de 2025

VEREADOR DENUNCIA COMPLÔ E COMPRA DE TESTEMUNHAS PARA CASSAÇÃO DE SEU MANDATO NO INTERIOR DO RN


O vereador Diogo Silva (Solidariedade)denunciou, em discurso na tribuna da Câmara Municipal de Caicó, um suposto esquema de perseguição política para cassação de seu mandato. Segundo o parlamentar, a trama envolveria o prefeito Judas Tadeu (PSDB), o secretário de Meio Ambiente de Caicó, suplente de vereador Nildson Dantas, além de um deputado estadual e outras lideranças políticas, com o objetivo de afastá-lo do cargo e garantir a posse de aliados.

Diogo Silva afirmou que a perseguição começou ainda na campanha eleitoral, quando, segundo ele, toda a estrutura da Prefeitura e os candidatos governistas foram mobilizados para tentar derrotá-lo nas urnas. “Era uma ordem tentar me derrotar. Não conseguiram. Veio o pós-campanha e iniciaram as tentativas de alguma forma me tirar do jogo”, declarou o vereador.
Ofertas de cargos e advogados bancados pela Prefeitura

De acordo com a denúncia, uma reunião teria ocorrido entre o prefeito Judas Tadeu e Nildson Dantas, na qual foi discutida uma forma de garantir a vaga de vereador para Nildson. O prefeito teria sugerido que algum vereador eleito pelo PSDB aceitasse uma secretaria para abrir a vaga, mas nenhum aceitou.

A estratégia então teria mudado, e segundo Diogo Silva, Nildson Dantas passou a articular uma ação judicial contra o próprio partido, o Solidariedade, acusando-o de uso de candidaturas laranja nas eleições. “O prefeito disse: ‘Nildson, então vamos fazer o seguinte. Você vai colocar o partido Solidariedade na Justiça alegando candidaturas laranja e eu pago um advogado de Recife’”, revelou Diogo Silva.

Além disso, o vereador afirmou que uma candidata do partido foi procurada e recebeu uma oferta de R$ 10 mil e um cargo na Prefeitura em troca de um depoimento falso contra o Solidariedade. “Ofereceram dinheiro a uma candidata para que assinasse um papel dizendo que era laranja. Mas a nossa candidata não assinou, porque sabia que não tinha sido laranja e fez campanha”, detalhou.
Troca de favores e envolvimento de deputado

Ainda segundo Diogo Silva, Nildson Dantas teria inicialmente tentado judicializar a eleição de outro vereador, mas o prefeito e um deputado estadual teriam impedido a ação porque “deviam um favor” ao parlamentar. “O prefeito e o Papa disseram: ‘Pelo amor de Deus, não faça isso, porque devemos um favor a esse deputado’”, disse.

Sem sucesso na tentativa de impugnar o Solidariedade, o grupo teria mudado de estratégia novamente e mirado o Podemos, partido que elegeu dois vereadores. Caso esses mandatos fossem cassados, a vereadora Dani Guedes (PT) assumiria uma das vagas, favorecendo a governadora Fátima Bezerra (PT). “O prefeito disse: ‘Só temos uma saída. O Podemos é do senador Styvenson. Se eles caírem, Dani Guedes, que é do PT, assume. A governadora tem força’”, relatou Diogo Silva.



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