quinta-feira, 22 de setembro de 2011

AS MANHÃS POTIGUARES PERDEM A VOZ DO JORNALISTA JURANDY NOBREGA

A presente reportagem foi retirada do Blog do BG (Bruno Giovanni) -

"O Blog reproduz uma entrevista feita por Sílvio Andrade para o Novo Jornal, com o Jornalista Jurandy Nóbrega. Na entrevista o Jornalista diz os motivos que levou ele a pedir demissão da Rádio Cidade e cita várias personalidades que estariam proibidas de conceder entrevista ao programa dele por censura do proprietário da rádio.

Se confirmado restrições a todos os nomes citado pelo Jornalista, vai faltar gente para a Rádio Cidade entrevistar, segue reportagem:

Jurandy Nóbrega diz que é difícil conviver com o cerceamento à sua independência de escrever e entrevistar o que e quem quiser.

Sem papas na língua, o jornalista político mais polêmico dessas terras potiguares nasceu na Paraíba.

O pivô de sua saída da rádio 94 FM foi uma entrevista que pretendia fazer com a vereadora Júlia Arruda, presidente da Comissão Especial de Investigação que apura os contratos de aluguel da Prefeitura de Natal. Um deles, a do Novotel, envolve Haroldo Azevedo, dono da 94 FM. “Não se deve misturar interesses políticos, religiosos e comerciais com a concessão de rádio e tevê”, critica.

Jornalista acostumado a dizer o que quer, Jurandy Nóbrega considera-se censurado pela rádio 94 FM onde trabalhou por treze anos até a última segunda-feira, quando deixou de apresentar seu programa matinal às 7h.

Jurandy Nóbrega comenta que, em seu programa, havia uma lista de quem podia e quem não podia ser entrevistado. “Como bom jogador sempre procurei não contrariar meu técnico”, compara sua posição em relação ao dono da emissora.

De um certo tempo para cá, chegou a, constrangido, não convidar determinadas pessoas que gostaria de entrevistar no seu programa.Sobre o recente episódio da CEI dos Contratos na Câmara, queria convidar Júlia Arruda, presidente da Comissão, porque já havia entrevistado Júlio Protásio, relator. Antes de Haroldo Azevedo viajar para Lisboa, Jurandy Nóbrega explica que entrevistou-o e ele citou a vereadora dizendo que esperava dela uma ação como magistrada.

Na segunda-feira, ligou para a jornalista Elaine Vládia, assessora de comunicação da vereadora, para marcar a entrevista. Depois, ele recebeu uma ligação na rádio e a interlocutora se identificou como Elaine. E segue o seguinte diálogo:

— “A vereadora Júlia vem dar entrevista no meu programa, quando?” – questionou Jurandy.

— Qual é a Elaine que você pensa que está falando? – perguntou a voz do outro lado.

— Com (Elaine) Vládia, assessora de Júlia – respondeu o jornalista.

— Aqui é Elaine, diretora da Rádio Cidade, filha de Haroldo (Azevedo). Você vai trazer essa mulher aqui na rádio de meu pai?

Tá pensando o quê? – indagou a voz do outro lado.

Jurandy Nóbrega ressalta que ficou sem entender a restrição à vereadora Júlia Arruda porque antes já havia entrevistado o vereador Júlio Protásio, relator da CEI dos Contratos sem restrição.

“Bem, já que é assim, você comunica a seu pai que a partir de amanhã (terça-feira, 20 de setembro) eu não faço mais o programa na rádio dele”, disse Jurandy Nóbrega.

O que mais deixou o jornalista triste é que não houve ponderação e nem sequer um telefonema de Azevedo."

O Jornalista anunciou sua saída da Rádio em primeira mão, através de seu Twitter, conforme se pode verificar pela imagem abaixo.


COMENTÁRIO DO BLOG OLHAR ATENTO

É com muita tristeza que vejo essa censura acontecendo com os meios de comunicação, com os Jornalistas, que deveriam ser livres para noticiar os fatos, uma vez que os fatos existem, e contra fatos não há argumentos.

Toda manhã, acordava cedo para ouvi-lo, ficar ciente dos fatos políticos que aconteciam no Estado e analisar sua crítica sobre estes fatos.

O Rio Grande do Norte perde uma grande Voz que falava a todos o que muitos pensam e não tem coragem de falar.

Alguém já ouviu falar de atos semelhantes pelo nosso Estado?

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