sábado, 20 de fevereiro de 2016

O QUE SENTE UMA VÍTIMA DE ASSALTO: ANTES, DURANTE E DEPOIS.

Nos últimos anos atuo como advogado em várias áreas do Direito, dentre elas, o Direito Criminal.

Sempre defendendo os acusados de crimes, os supostos criminosos, os reuzinhos como chamava minha Professora de Direito Processual Penal.

Nos últimos dias passei pela experiência de ser mais uma vitima de assalto em nossa cidade de Natal, Estado do Rio Grande do Norte.

E agora posso falar com experiência do que sente uma Vitima desses casos, antes, durante e depois.

Antes, sentimos uma sensação de segurança, andamos por todos os cantos em todos os horários, pois o crime não aconteceu conosco.

Durante, nos sentimos fracos, impotentes, como se fosse nosso último minuto de vida. Fazendo tudo que o criminoso nos pede, pois, como diz aquele ditado: "Vão-se os anéis, e ficam-se os dedos."

E depois, como sentimos? Essa é a sensação que mais dura, pois ficará para o resto de nossas vidas. O medo de ir a todo canto, de falar com qualquer tipo de pessoa, a sede de Justiça e, novamente, a impotência de fazer a Justiça como requer.

As Vitimas tem um senso de Justiça diferente do que tem nos Códigos Penal e Processual Penal. As Vitimas querem pena máxima, prisão perpetua e até pena de morte, se couber.

E no final, as vitimas se sentem satisfeitas com a prisão e devolução do bem roubado.

Para algumas, ainda, fica um medo permanente de ser encontrada novamente pelo ladrão, pois sabemos que eles não ficam presos para sempre.

É a vida.

Dai, lembramos de outro Ditado Popular: "O preço da Liberdade é a Eterna Vigilância."

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