quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

VOCÊ SABIA QUE UM POTIGUAR JÁ FOI MINISTRO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL ?



Ministro Amaro Cavalcanti

AMARO CAVALCANTI, natural da província do Rio Grande do Norte, filho de Amaro Soares Cavalcanti de Brito e de D. Ana Cavalcanti, nasceu a 15 de agosto de 1849, no município de Caicó, comarca do Seridó.

Completou e aperfeiçoou seu curso de Humanidades na cidade de São Luís do Maranhão.

Conseguiu em concurso a cadeira de Latim da cidade de Baturité; aí dedicou-se também à advocacia, sendo provisionado pela Relação do Ceará para advogar em toda a província.

Pelo Presidente da província, foi designado para ir aos Estados Unidos da América do Norte, a fim de estudar uma reforma da instrução pública aplicável à província.

Aproveitando seu estágio na grande república americana, matriculou-se e fez o curso completo na Escola de Direito da Union University (Albany), no Estado de New York, formando-se na turma do ano acadêmico de 1880-1881.

Depois de diplomado, foi apresentado à Corte Suprema e dessa recebeu o título de Consellor at Law, que lhe deu direito ao exercício pleno da profissão jurídica naquela República.

Regressando ao Brasil, foi nomeado, em 2 de outubro de 1881, pelo Presidente da província do Ceará, Senador Pedro Leão Veloso, Diretor-Geral da Instrução Pública, nomeação inspirada na prática adquirida durante o exercício do magistério público, e nos estudos a que, sobre o ensino, procedeu nos Estados Unidos.

Vindo para o Rio de Janeiro, foi designado pelo Ministro do Império, em aviso de 14 de março de 1883, para reger uma turma de Latim do 2º ano do externato do Colégio Pedro II.

Em 1884 foi eleito Deputado-Geral pela província do Ceará, não tomando assento por haver sido anulado o respectivo diploma.

Fixando residência no Rio de Janeiro, dedicou-se à advocacia e aos trabalhos da Companhia de Navegação do Rio das Velhas, de que foi Presidente.

Pertenceu ao Supremo Tribunal Federal, sendo nomeado Ministro, em decreto de 11 de maio de 1906, preenchendo a vaga ocorrida com a aposentadoria de João Barbalho Uchôa Cavalcanti. Tomou posse em 27 de junho seguinte.

Foi aposentado em decreto de 30 de dezembro de 1914.

Era casado com D. Eponina de Sousa Ferreira, filha do Conselheiro Sousa Ferreira, redator do Jornal do Comércio.

Faleceu a 28 de janeiro de 1922, na cidade do Rio de Janeiro, sendo sepultado no Cemitério de São João Batista.

O centenário de seu nascimento foi comemorado em sessão de 17 de agosto de 1949, falando, em nome da Corte, o Ministro Ribeiro da Costa e, pelo Ministério Público Federal, o Dr. Luiz Gallotti, Procurador-Geral da República.

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